domingo, 28 de outubro de 2012

O que é felicidade?

Quem é aquela moça que com a mão no coração o tempo esqueceu?
Que de flores nos olhos rascunho da perfeição.
Sua boca hoje diz com saudade o nomem daquele home que a deixou solamente.
Seus lamentos praguejam uma dor de ranger dentes, de escorrer uma baba amarga num afogar de cetim.
Que bruxa, se pinta vermelha ao passar por mim.
Eu tava de mão dada com ela na estrada da linha do trem, eu não me lembro muito bem, foi tudo muito rápido, então o trem veio e... ela... ou será que eu, eu não sei.
Eu sou cigano de mim.




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Reino do nascer da Lua

Metade de mim é Hollywood, a outra metade é Serra Leoa.
Metade de mim quer minha estrela na calçada da fama, a outra um prato de comida.
Vou trabalhar na Globo, fazer o re-make de Avenida Brasil ou trabalhar na escola, fazer a re-estruturação da cultura e educação de base no nosso país.
Vou andar de marca ou vou ser um marco?
No tapete vermelho de sangue
Pelo Oscar ou por José, Maria, João...



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Passo por mim

Todos os dias passo por mim
Me olho , me espero
Me vejo ser e desaparecer diante dos meus olhos
Me pergunto se me respondo.
Hoje, ao passar por mim não me reconheci
Será que não me dei a devida atenção?
Estou eu fora de mim?
A cada dia me desprendo, sou menos eu
A todo tempo sou mais nada.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Leia-se "Silêncio" , mas um silêncio profundo, seu consigo mesmo, de umas 3 páginas.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Como se eu cantasse pra mim

Conheço as imperfeições da vida na prática, vivi as dores da desilusão na colisão dos meus sonhos com a realidade. Findei desejos de glória dono dos mundos na incapacidade de sorrir, ao queimar em colapso um ciúme desafeto, me debatendo, fui espelho sem brilho. Passei por desertos desfilando mesquinhês e me calei diante da verdade, acatei a sentença de ser pobre por destino. Fui saudade do repouso e desejei dormir por séculos, esqueci minhas magias e o encanto do meu silêncio, fui mais um de olhos cinzas na sombra da agonia. Mas sempre quando me deito ouço uma espécie de musiquinha, lenta suave,feito essas que vêm em caixas, mas vem lá do fundo da minha complexidade, é um coral das vozes dos eus que fui e que virei a ser, balbuciam virtudes plenas enquanto me cantam amor.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Florido

Vou escrever a verdade. A minha vida é tão simples que chega a dar dó(pena). Sou desses sujeitos normais que não te levam pra se assustar. Eu não tenho uma Banda e talvez nunca grave um disco, Mas eu posso lhe escrever uma música. Posso sim e, uma música boa, dessas que se ouve e dá vontade de bater as asas. Eu vou te dizer a verdade, a minha vida é tão diferente que vamos ficar acordados até de manhã, e fazer caretas ao dançar a rotina. Vou te mostrar que tudo tem a sua hora e esse tempo de agora é nosso. Vá nessa música que se chamará ternura ou O azul do amor incerto. Transcendemos. Deixe que sim e brinque leve. Venha fluir de flor o inesperado, como quem não quer nada, mas só tem isso, só acredita assim.

domingo, 22 de abril de 2012

Carência múltipla dos órgãos.

sábado, 7 de abril de 2012

Amorte

Justiceira do silêncio
Rasga a vida, seus erros e acertos, suas verdades e mentiras
Justiceira da clemência
Fere o preto, o pobre, o justo e o puro.
Senhora do desconhecido,
Facínora inocente!
Voa entre nós essa roleta russa.
E em fim dilacera vaidades emfim.
Eu nasci morrendo,
O meu primeiro dia de vida foi também o meu primeiro dia de morte.

sábado, 31 de março de 2012

Só quem se sabe infinito pode namorar o tempo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ervilhas

Certa noite quando comia suas ervilhas com farinha um homem se sentia em adultério com tudo aquilo que acreditava.
Sua natureza parecia duvidar de si ao exalar o que parecia ser o último brilho em seus olhos, mastigava o gosto do nada em que se encontrava esperando o juramento que fizera a si de ser feliz.
Agora era um bicho que tinha que matar para sobreviver pois vivia entre infiéis amantes da luxúria e já não fazia mais sentido mofar ali no paraíso, sua única dádiva era saber mentir e assim atraia as presas que o atraiam, se tornando preso da presa por sua escravidão afetiva.
Quando respirar dói, já tanto faz se é quente ou frio, o corpo apodrece e o cheiro se confunde com a falta de vontade. E 6 meses ou 6 anos depois um homem comia ervilhas com farinha e se sentia enfeitiçado pelo tempo, olhava para trás e via os traumas das escolhas que não teve, do tempo que era uma criança cega e não era justo, ter credores ameaçando sua honra na frente de sua mulher, como pode esse homem se adeitar? Não pode, e faz 3 noites que soluça um gosto de sangue num vermelho infernal, só pode fechar os olhos e arder.
Nesse momento em que uma barata passa pelo canto da cama o homem que mastiga ervilhas é mastigado pelo desespero do meio, aquele que vem antes do fim e nunca se sabe quando vai envelhecer. O meio é o presente da loucura para os anjos que nascem, é um doce confeitado de veneno que é posto logo na primeira mamadeira. Deleitamos-no.
E um belo dia quando esse homem que nasceu for dormir depois de uma noite bem feliz em que foi reconhecido um grande cidadão pelo conjunto da sua integridade, profissionalismo e responsabilidade social, pode ser que esse homem sonhe com um suculento prato de ervilhas e como que transportado de volta para aquela cama com duas antenas de barata se mechendo, se prenda lá por mais 6 meses ou 6 anos e se sinta novamente em adulterio com suas próprias repetições, seus truques, seus meios de tentar dizer que um dia deu certo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Eu nasci adulto

Eu nasci adulto.
E me soltaram aqui
Quando vi já era hoje
Quando vi que nada vi.
Eu nasci marcado de um passado que não me lembro
E por isso não tenho tempo
Tento fugir mas tenho fome
Tenho também ciúmes e vontade de chor... sou forte.
Reconheço-me em qualquer fotografia que não estou
Abraço nenhuma causa.
Vou, chego, dou bom dia e tento ser educado
Mas vocês nem olham seus umbigueiros filhos da mãe.
Não quero mais conversar com você nem com ninguém.
Agora quando eu quiser vou desfilar ao invés de caminhar
Vou ser nojento ao ponto de te fazer querer morrer, só por segurança
Vou ser um louco em pele de coveiro
E vou te enterrar sempre que possivel
Vai me ver de baixo; deitado e ferido
E eu sorrindo, bem vestido e bem acompanhado, abençoado por mim e sorrindo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Totalmente sem necessidade de existir

Estou cansado.
De machucar as pessoas, de ouvir música, de beber água, de me sentir assim.
Cansei do fogo que é arder nesse mar de frustrações, cansei de ser sem voz, cansei.
Cansei de tentar, de chorar por dentro e por fora estar tudo aparentemente bem.
O que é o amor?
Preciso dormir e não escrever, estou tão triste comigo.
O que é?
O amor é um desgaste enebriado.
Fala por falar, melhor não.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Regresso

Regresso ao amor.
Nesses dias frios em que vemos o quanto somos frios, envolvidos na espera do próximo grande amor, tendo que aceitar os efeitos devastadores do tempo por já ter tido uma oportunidade de amar e não te-la aproveitado.
Fico assim preso no presente, em guerra com o mundo mas contra ninguém, só a favor de mim mesmo, abraçando abraços, olhando para olhos e beijando bocas que não são o suficiente, adormecendo sábados cinematográficos, despertando domingos cinzas chuvosos.A solidão me abre um vinho e me toca uma música lenta nos acordes desafinados do meu coração.
Coragem agora é uma questão de sobrevivência, não há como regressar, mas regresso ao amor, olho para ele e digo que pode voltar mas, agora é ele a me dar as costas, seguro seu braço e mesmo estremecendo por dentro ele diz: Não era isso que você queria? Vai! Ser livre na vida.
Pego toda essa minha liberdade e enfio no bolso do meu velho paletó e saio da casa do amor levando apenas o violão, à porta o olho pela última vez querendo acreditar que não será a última e em seus olhos vejo meus filhos afogados em suas lágrimas que se acumulam e delicadamente esperam eu virar e sair para caírem.
Minha barba crescera e minha beleza triste toca violino enquanto marcho procurando o que dizer, explicar. E lentamente assovio um coral de vozes e uma coceira passeia pelo meu corpo me obrigando a reconhecer que estou vivo. Adormeço na coceira e sonho.
Silêncio, SEXO. Sossego, prazer e eu em uma cama a três. Sou tão grande que posso ser eu, matei o medo com um golpe de pau e lentamente sossego e prazer me matam para poderem ficar a sós.
Acordo na estrada com o bom dia de meus fantasmas e caminho em frente sem porta retratos, vou guiando o vento da minha sorte, duelando meu troféu com bandidos, apagando velas e acendendo luzes, deixando corpos pelo chão que precisam de ajuda até para chorar.Progresso ao amor, dançando a última noite, enquanto espero como um louco o seu regresso.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Melão

A melancolia é tão tranquila, que parece andar na ponta dos pés com meias para não me acordar.
Esse tempo silencioso que canta no meu ouvido canções sobre o agora, e abre os meus olhos me tirando do fundo de dentro e me jogando por aí afora, esse tempo é tão ameno, tem cheiro de café com jornal e é uma segunda feira de férias.
Eu sou tão sufocado de passado, nada é novo, se remete na memória. Então por que me sinto tão calado se dentro de mim mora uma avalanche? De sentimentos, projetos, de sonhos, amores, de fome, desejo, habita em mim uma tempestade de pessoas que gritam na minha cabeça formas de ver o mundo, essas pessoas que em mim moram são vocês, com suas diferenças em relação ao gosto, com seus rostos apaixonantes de dar medo. Sou feito de outros.
E quando uma coisa acontece te convidando para viver, e parece que há fogos de artifício em seu coração novamente, a melancolia pega a sua mala e entra e tudo que você tem a fazer é pegar as suas coisas e sair.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Assim logo

06:40 da manhã, lutando Boxe com o espelho, ouvindo Love the way you lie.
Outrora ouviria no rádio Orlando Silva, a voz do meu vô e vocabulário dos cariocas do Rio antigo, herança da realeza, espaço de esplendor da santa natureza oh flor.
Grato por cada som que sai da caixa Mundo, das vozes que vão, vagam maravilhosamente leve, blefando erros imaturos, dançam, simplesmente dançam, seguindo em frente os desejos possíveis, lembranças de quando andávamos de mãos dadas, e o mundo todo era nosso quintal, nosso campinho, nosso samba, nossa voz.
Tomamos CocaCola em Copacabana e toda essa pureza nos dói, como se não chovesse nunca, nunca mais.
E seguíssemos viajem nesse trem de calmaria, qual meu grito já cansou de desafinar, e pôr vírgulas onde não, e ponto sem nó num céu virado, aguardando aguardente, como um bicho que se machucou ou um cego que viu uma saída, muito importante, simples.Seguíssemos veríamos nitidamente um tolo amor, singelo de lágrimas de felicidade.
Laranja e azul , sol e lua apaixonados cegos, sentindo que culpa? A cada dois passos, nomes,vidas e a volta das chuvas em que cada gota é um espinho, uma abstração, alienado conhecimento de qualquer caminho. Se a gente tivesse boas fotos para se amar e motivos. Um fim de nós dois um no outro, um fim infinito, uma música para se ouvir no quarto depois do banho e dançar e viver e rezar e comer e deitar e dormir e se amar e sorrir, sempre na casa de praia.
Sem muita explicação.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Com você Sol, sem só.

Era silêncio que eu sentia quando beijava o cheiro da sua nuca você deitada no meu braço e meu peito nas suas costas mergulhados na imensidão branca do quarto eu e você dormindo abraçados com a arte era silêncio, puro.
Quem será que é essa mulher com cabelos Loiros castanhos e vermelhos e com os olhos que mudam de cor mas que naquele instante estavam azuis da cor do mar do surf dos sonhos do sonho real que foi sua boca beijando enquanto seus olhos me olhavam doando prazer da beleza do prazer. Seu corpo era a natureza mulher, Rainha.
Quem será esse cara que tomou todas as decisões certas e veio me encontrar e ainda é gostoso e até bonito carinhoso e me obriga a lhe beijar com uma ordem que como o fogo me consome e não se apaga com o molhar das línguas ou do chuveiro banho molhado pele espelho nossos corpos molhados grudados nossas mentes atropeladas por um furacão? Quem será esse ator que canta essa música que por dentro me fez chorar e parece gostar de mim mas é só o primeiro dia das nossas pobres vidas fadadas a navegar pelo rio em janeiro a procura de algum verão?
Se um dia você ler isso vai saber que sou poeta e era em poesia que eu pensava enquanto te olhava e você me perguntava no que eu estava pensando e se eu ainda estiver vivo talvez do seu lado ou de outra já que a vida é um cara ou coroa podemos simplesmente dançar a realidade de que ninguém sabe dançar conforme a música pois sempre estaremos a escutando pela primeira vez.
Você está certa em ter calma, é preciso ter coragem para não se deixar levar por essa onda que invade o pensamento e me faz querer te ver as 7 da manhã de um dia em que nem cheguei ainda pois passei a noite toda acordado pensando em alguém que agora de mim duvida e me olha diferente daquela que se entregou na primeira noite e parecia em meus braços poder voar. Aquela que lembra do nosso primeiro beijo e que parecia estar grudada colada em mim no metrô que pode nos levar juntos para as 4 estações ou simplesmente me deixar no flamengo e você no catete.
Eu quero aquela com o cheiro de melhor perfume que eu já senti na vida, quero aquela que eu beijei os pés, que fez um chá pra mim e me mostrou suas músicas, quero aquela que ouviu pacientemente o meu teatro e me olhou com olhos de quem acreditava, quero aquela que falou vamos fazer as aulas juntos, quero aquela que apaixonadamente dividia comigo seu açaí como quem compartilha um segredo, quero aquela que corre ao meu lado e sabe que mesmo tentando um 360 no skate eu nunca vou te deixar cair, quero aquela que mergulha lá no fundo e ainda assim me presenteia com as pérolas, quero você que diz: Fica aqui mais um pouquinho comigo,deita aqui em cima de mim, quero você que me chama de sol no telefone para a sua Mãe porque sabe que o sol é o astro rei e que ele precisa de uma rainha, quero aquela que mesmo com todo o brilho porpurinado do seu peito me abraçou por trás fazendo surpresa e disse que queria ir buscar um beijo, quero aquela que quebrou meus dentes e não aquela que com cara de desdém me manda concertá-los, quero aquela que tem o signo que se completa no meu, quero sentir sua respiração sempre perto até que nela eu fique submerso, quero aquela que vai sorrir na praia quando eu disser Delicious e aquela que que não vai ter medo de estar cometendo o maior erro da sua vida se apenas seguir o seu coração.