quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Assim logo

06:40 da manhã, lutando Boxe com o espelho, ouvindo Love the way you lie.
Outrora ouviria no rádio Orlando Silva, a voz do meu vô e vocabulário dos cariocas do Rio antigo, herança da realeza, espaço de esplendor da santa natureza oh flor.
Grato por cada som que sai da caixa Mundo, das vozes que vão, vagam maravilhosamente leve, blefando erros imaturos, dançam, simplesmente dançam, seguindo em frente os desejos possíveis, lembranças de quando andávamos de mãos dadas, e o mundo todo era nosso quintal, nosso campinho, nosso samba, nossa voz.
Tomamos CocaCola em Copacabana e toda essa pureza nos dói, como se não chovesse nunca, nunca mais.
E seguíssemos viajem nesse trem de calmaria, qual meu grito já cansou de desafinar, e pôr vírgulas onde não, e ponto sem nó num céu virado, aguardando aguardente, como um bicho que se machucou ou um cego que viu uma saída, muito importante, simples.Seguíssemos veríamos nitidamente um tolo amor, singelo de lágrimas de felicidade.
Laranja e azul , sol e lua apaixonados cegos, sentindo que culpa? A cada dois passos, nomes,vidas e a volta das chuvas em que cada gota é um espinho, uma abstração, alienado conhecimento de qualquer caminho. Se a gente tivesse boas fotos para se amar e motivos. Um fim de nós dois um no outro, um fim infinito, uma música para se ouvir no quarto depois do banho e dançar e viver e rezar e comer e deitar e dormir e se amar e sorrir, sempre na casa de praia.
Sem muita explicação.

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