segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Soneto número 1

O que é a vida senão o desejo?
Ao cravar de lamentos impossíveis nãos
Em meu peito vil, viu o amor o ensejo
De castigar meu corpo com solitárias mãos
Nessa vilania de destino
Meu afeto se afeiçoou à esmola
E o amor se tornou essa bandeira sem hino
Ao compensar frustrações, vaidade assola
Que empurra com a pressa da tragédia
Revolto, faz do amor a morte, discórdia
O tempo não olha nos olhos, ético carrasco
Envenena-te com a própria fé, torna-se asco
         Independente mente. Morrerei de amor
         Seja angustiada falta, ou encontro resplendor.