segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Guy

Sempre gostei dele como gosto do meu avô, talvez por isso a fragilidade que vi em sua feição tenha sido a forma mais explícita de velhice que me acometeu.
Era daqueles homens fortes, trabalhadores e chefes de família, na verdade era uma mistura de marinheiro, herói de guerra, executivo e James Bond. Tipo de homem que só se fazia antigamente tem na garagem de casa, além do carro bem polido, caixa de ferramenta e máquinas de cerrar madeira , cortador de grama, me lembro também daqueles baldes enormes de ração para os cães.
Galã de fino trato andava elegante com seus cabelos grisalhos e camisaria clássica, cobria os olhos firmes e doces com o Ray Ban de lentes verdes militar, algo meio golf club de um algum personagem do Garcia Marques, tinha perfil para a presidência.
Sua pele clara na transparência do lençol branco esta tarde, era um desfolhar lento de outono, a prova de que o tempo, passa até mesmo para os heróis.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O de sempre

O de sempre de cada dia nos dái hoje.
O vinho, a água e o trigo
Para que eu dançe, fluidez
Música a solidão
Lenda viva de viver
Hoje é hoje ainda e já
Se
Acordarei
preto no branco letra minúscula
e o que mais puder quiser querer será
De agora em diante mudo falante meu diz: Curso do Mar a vilhoso. do velho sábio e do novo. ida de volta tá vol tá vol o do mun da rá FiMnício
Pro meu ar de respirar purificores colorar
Pro meu céu de azul faminto mastigar o plural dos tons
Canterra aguachei paragrafogo armém.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Homenino

O menino nino
É homem mem
Mimo nino, nino mimo
Pra não faltar poesia

Home, nino! Home!
A casa de um homem é seu pião
Pode morar aqui entre letras
Humanino nino homém.