sexta-feira, 25 de maio de 2012

Como se eu cantasse pra mim

Conheço as imperfeições da vida na prática, vivi as dores da desilusão na colisão dos meus sonhos com a realidade. Findei desejos de glória dono dos mundos na incapacidade de sorrir, ao queimar em colapso um ciúme desafeto, me debatendo, fui espelho sem brilho. Passei por desertos desfilando mesquinhês e me calei diante da verdade, acatei a sentença de ser pobre por destino. Fui saudade do repouso e desejei dormir por séculos, esqueci minhas magias e o encanto do meu silêncio, fui mais um de olhos cinzas na sombra da agonia. Mas sempre quando me deito ouço uma espécie de musiquinha, lenta suave,feito essas que vêm em caixas, mas vem lá do fundo da minha complexidade, é um coral das vozes dos eus que fui e que virei a ser, balbuciam virtudes plenas enquanto me cantam amor.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Florido

Vou escrever a verdade. A minha vida é tão simples que chega a dar dó(pena). Sou desses sujeitos normais que não te levam pra se assustar. Eu não tenho uma Banda e talvez nunca grave um disco, Mas eu posso lhe escrever uma música. Posso sim e, uma música boa, dessas que se ouve e dá vontade de bater as asas. Eu vou te dizer a verdade, a minha vida é tão diferente que vamos ficar acordados até de manhã, e fazer caretas ao dançar a rotina. Vou te mostrar que tudo tem a sua hora e esse tempo de agora é nosso. Vá nessa música que se chamará ternura ou O azul do amor incerto. Transcendemos. Deixe que sim e brinque leve. Venha fluir de flor o inesperado, como quem não quer nada, mas só tem isso, só acredita assim.