sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sem arte

Não suporto mais nada sem arte.
Será que está em tudo?
Na cegueira da rotina sem ideal, que sufoca atada, alada a um corpo sem vontade; no nó da garganta que a seco engole a alienação; será que há arte no descompromisso? Na esquerda.
Será que de pão puro vou me manter nutrido só de humildade ou a arte me compensará com pensamentos e a poesia com frases de amor?
Vou viver uma vida de artista que é a única que pode ser minha e não esse roteiro que não fui eu que escrevi.
As pessoas se esforçam tanto para serem mais interessantes quando a conhecemos do que antes, que uma grande parte quebra o encanto de suas vaidades. Já vi bonito ficar feio e feio ficar bonito.
Se eu pudesse levantar a cabeça e ir a luta todos os dias de minha vida não precisaria mais destes diários, se pudesse enxergar e me mover com maestria, aconteceria como que por telepatia uma sinfonia de alegria, de ousadia que se mostra de forma muito natural, toda vez que surge uma opinião existencial, falarei verdade, serei liberdade, toda vez que o assunto for nós eu poderei ser eu.
Só pelo prazer de você também ser você, difira.
E acreditar quando sinto seu cheiro.
Enquanto eu puder passar minhas alegorias por cima do meu desamor vou caminhando sôfrego a busca do novo, destilando minha pureza no eclodir de minhas paixões. Sábio de que pude sorrir e chorar mas preferi chorar e sorrir, pra no final, ou no próximo início ter me respeitado e assim mil vezes até que eu aprenda a não pensar mais em mim.
Sendo mais claro não vou ceder, mesmo sabendo que seria o fim dos meus conflitos.
Seria o fim da minha busca, seria envelhecer tudo agora.
Eu me emociono com cada um de vocês
Me emociono e me faço.
Me faço e me revoluciono
Me revoluciono e me aciono
Por mim e por você.


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