segunda-feira, 4 de julho de 2011

Toma

Agora, que silenciou o ontem, aquele olhar perdido contrastado com aquele andar provocante, perverso, era uma espécie de tudo ou nada que costumamos viver na noite.
Denunciava andar em círculos sem a bússola da convicçao, embreagada de libido, pecando o pecado que lhe parecesse mais voraz e arrastando um tufão de desejo em seu trote mais carnal.
Estava com uma tonicidade de guerra que na primeira sintonia cruzada arrancaria com os dentes o cárdio vivante do algo que pudesse a possuir. Já vampirizava quando voltou a raciocianar.
O eu repleto de lembranças daquele dia frio que fui seu único cobertor, porque o teu cheiro de fome me enrijeceu pra sempre por você. Acho que te impinei sem a tomar de alguma forma, ficou mais em formação, postura de querer, de poder. Fantasio essas vaidades pra mim, acreditando que participei indubitavelmente da mutação que vi e vejo.
E o desatino, foi achar que eu não seria capaz de te levar pra janta, ou medo de não restar mais sabor depois de mim?
Eu tava perdido também, só a música me colocou em contato, me colocou a um ponto de rei, um rebelde justo que as meninas olhavam querendo intender, mas também com medo de sair uma meduza de meu olhos que as fossem deixar dementes, olhavam querendo, precisando,blefavam comigo. Aquela musica vinha do lugar onde você queria star, do estrelato imaginário das moças desse lugar, do homem que fala: Falo, o que ela quer.
Aí a gente mesmo sem estar junto, esteve, desentregados num elo fraco. Qual foi surpreendemtenente gostoso. Foi bom mesmo, mesmo assim, foi mais que Ok.
Foi denovo. Mais adúltero, ainda que bem pouco, por conveniência.
Tava lá sei onde, quando você chegou me cutucou no ombro, já sabia. Brindaria.
To com a impressao de que tá tudo certo, você é faceira, eu esperto. Continuaremos a procurar na noite tudo o que We can´t get no. Sufocaremos a cada alvorada sem sexo, sem nexo só pra ver a cara de mau que a morte usa pra assustar gente sem cu.
Culhão
Um dia te mostro o meu.

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